sexta-feira, 25 de março de 2011

Maridos solitários, esposas solitárias

O isolamento de outras pessoas nem sempre é ruim. O próprio Jesus tinha
o hábito de isolar-se regularmente das multidões e ficar a sós com
Deus, depois de um dia de trabalho em meio às multidões. Nessas
ocasiões, ele orava e renovava suas forças. Mas, existe uma solidão
maléfica, característica da sociedade em que vivemos. As pessoas podem
viver numa mesma casa com muitas outras e ainda assim viver isoladas
delas. Já que fomos criados como seres sociais, viver em isolamento
geralmente provoca tristeza, depressão, angústia e, em casos extremos,
o suicídio.

Isolamento acontece mesmo entre pessoas tão íntimas como marido e
mulher. Diversas forças ativas na sociedade moderna estão separando
marido e mulher cada vez mais para longe um do outro, em vez de
produzir intimidade e mutualidade: 1) Numa sociedade tão complexa como
a em que vivemos, experiências diferentes e sistemas de valores
diferentes separam os casais. Antigamente, as pessoas nasciam e
cresciam juntas num mesmo lugar. Hoje, elas vêm de passados
completamente diferentes. 2) A sociedade moderna tem passado a idéia de
que o casamento é um relacionamento na base de 50/50 (fifty-fifty).
Isso é, cada um dá um pouco de si. Mas isso não funciona, na verdade. O
padrão cristão é 100/100. No casamento, temos de nos dar inteiramente.
3) O egoísmo é provavelmente a maior ameaça à unidade do casal. Ser
egoísta é buscar realização pessoal deixando o cônjuge de fora. Uma
ilusão bastante comum é que marido e mulher podem obter sucesso
independentemente um do outro e ainda ter um casamento bom. Na prática,
quase nunca isso dá certo. 4) Outro fator de isolacionismo são
problemas não superados. Os pesquisadores mostram que cerca de 70% dos
casais que passam por experiências traumáticas – como perder um filho
num acidente, ou ter um filho gravemente deficiente – se separam ou se
divorciam. 5) A mídia tem popularizado a idéia de que aventuras
extramaritais é algo normal. O fato é que, não somente o adultério
consumado, mas o adultério emocional – uma amizade muito íntima com
alguém do sexo oposto – provoca o isolacionamento dos cônjuges. 6) A
pressão contínua do estilo de vida acelerado em que vivemos contribui
para que cada vez mais vivamos estilos de vida separados uns dos
outros. 7) Outro fator é nosso hábito de assistir TV. O problema é mais
grave do que a violência mostrada na tela. Membros de uma família podem
estar juntos na mesma sala assistindo TV, e estar perfeitamente
isolados uns dos outros. À medida em que nos enfiamos em nossos
casulos, mais e mais nos desconectamos uns dos outros.

A grande maioria dos moradores das grandes cidades – mesmo cristãos
- raramente conhece seus vizinhos! Todo o moderno sistema de
comunicação produzido atualmente pela sociedade tende a eliminar cada
vez mais o contato humano: Internet, email, chat, etc.

O isolamento é uma ameaça séria mesmo para casais cristãos. Estes
cristãos precisam perceber que se não tomarem as providências
necessárias e se não tratarem dessa ameaça juntos, acabarão por viver
isolados uns dos outros, mesmo debaixo do mesmo teto. Muitos casais
casados têm sexo mas não amor. O erro típico que muitos casais cometem
é não antecipar que problemas desse tipo podem ocorrer com eles. E
quando os problemas surgem, são apanhados desprevenidos.

Vivemos num mundo cheio de problemas. A tentação de muitos, debaixo
de pressão, é isolar-se, hibernar como um urso em sua caverna no
inverno. Embora essa pareça uma alternativa atraente, é somente com o
apoio de amigos que poderemos suportar as misérias desta vida. Fiquei
impressionado com o que aconteceu recentemente no Japão, quando três
empresários japoneses falidos enforcaram-se juntos no mesmo quarto de
hotel. Numa sociedade individualista como a nossa, suicídios não
acontecem assim! Mas se os japoneses conseguem ser solidários até na
morte, será que não podemos aprender, na vida, a compartilhar nossa
existência e experiências com outros?

O que podemos fazer, como cristãos, para vencer o isolamento? Aqui
vão algumas dicas: 1) Busque maior intimidade com Deus, pela leitura da
Bíblia e pela oração diária. Quando nos aproximamos de Deus, podemos
melhor nos aproximar dos outros. 2) Planeje gastar tempo com seu
cônjuge fazendo coisas que ambos apreciam. 3) As vezes o isolamento foi
causado por uma atitude errada sua, com a qual o seu cônjuge ofendeu-se
ou magoou-se. É preciso pedir perdão e buscar a reconciliação. 4) Às
vezes quando a situação já se tornou muito complicada e difícil, é
preciso procurar ajuda espiritual e psicológica. Pastores e psicólogos
cristãos são geralmente treinados para oferecer apoio e soluções para
casos assim.

Não permita que o isolamento acabe a alegria do seu casamento. Casados também podem ser felizes juntos!

Por Redação Gospel

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